Certa vez, eu perguntei ao meu pai:
- Você me dirá uma vez, algum dia, só uma vez: O que você está fazendo está certo? Será que você não pode ver que é impossível se fazer tudo errado durante vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano… TUDO ERRADO?… Se isso é verdade, eu realmente estou realizando algo miraculoso. Faça uma exceção – só uma vez, diga-me: O que você está fazendo está certo…
Seja o que for que esteja fazendo, se você gosta do que faz, faça-o. Não existe a questão do julgamento: nenhuma outra pessoa tem o direito de dizer que o que você está fazendo está errado. Se você gosta de fazê-lo, não está ferindo ninguém, não está perturbando ninguém… Mas este é um mundo esquisito…
Desde a minha infância, eu sempre gostei de sentar-me num canto, silenciosamente. Todo mundo que passasse ali, dizia: “O que você está fazendo?”.
Eu dizia: “Nada.”.
E todo mundo dizia: “Isso não é bom.”.
Eu disse: “Isto é estranho: eu não estou fazendo nada, não estou fazendo mal a ninguém – estou sentado neste canto – e você diz ‘Isto não está certo'. Parece que se tornou um puro hábito seu, condenar, criticar. Mas eu estou desfrutando sentar aqui sem fazer nada, e vou continuar, a despeito do seu julgamento. Não lhe pedi conselho, e dar conselho sem que seja pedido é insensato.”
Pouco a pouco a pessoa tem de se afirmar, deixar claro sua posição. A menos que eu passe por cima do direito de outra pessoa… – se eu estou fazendo algo de que estou gostando e que não veja ser prejudicial de modo algum, então, eu não permitirei a ninguém julgar-me, porque não se trata apenas da questão deste ato, trata-se de uma questão de toda a minha vida. “Você está me ensinando uma muito sutil doença de julgamento.” E, quando eu condeno a mim mesmo, como posso deixar alguém sem condenação?
OSHO (retirado do site http://karinizumi.wordpress.com)
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