segunda-feira, 16 de março de 2009

SINTOMAS DA MEDIUNIDADE

    " O conceito de mediunidade conforme Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita é "Quem sentir a influência dos Espíritos, seja em que grau for, é, por isto mesmo, médium". E acrescenta: "Esta faculdade é inerente ao homem, e por isso, não constitui um privilégio exclusivo de ninguém".
    Chico Xavier já dizia: "A mediunidade é, essencialmente, afinidade, sintonia, criando a possibilidade de se dar um intercâmbio espiritual entre os indivíduos que se encontram na mesma faixa de emoção e pensamento. Os sintomas físicos e psicológicos da mediunidade variam, e dependem do tipo de mediunidade. Mas a irritação, a sonolência inexplicável, as dores sem diagnóstico definido, o mau humor e o choro sem motivo, podem indiciar haver necessidade de esclarescimento e estudo".
    As variações de mediunidade são: capacidade de produzir fenômenos físicos ou inteligentes, e as suas diferentes modalidades, a saber: uns tem facilidade em doar ectoplasma ou fluidos magnéticos de cura, outros em fazer desdobramentos ou experiências fora do corpo físico empregando as suas forças anímicas, outros ainda, tem mais propensão para o intercâmbio através da psicofonia (incorporação) ou da psicografia e assim por diante...
    É indispensável lembrar o papel relevante da glândula pineal no fenômeno mediúnico. Por ser a glândula da vida mental, é a componente orgânica da mediunidade, a que vai traduzir os pensamentos dos Espíritos a fim de os tornar compreensíveis durante o intercâmbio. Isto ocorre graças á íntima ligação que une a pineal com o centro coronário do perispírito e com os restantes centro de força. Relembrando a definição de Kardec, é preciso realçar também que todos nós somos médiuns, em menor ou maior grau, daí o termos sinais e sintomas resultantes da sintonia com diferentes espíritos, embora muitas vezes, possamos não revelar uma faculdade ostensiva.
    Os sintomas da mediunidade estão portanto, muito ligados á mediação feita pela pineal e as suas importantes conexões com as várias regiões do cérebro. Devemos lembrar que a inervação da pineal é feita através do gânglio cervical superior, que pertence ao sistema nervoso simpático, conferindo ao fenômeno mediúnico características adrenérgicas, tais como taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), suores, arrepios etc... A irritação, o mau humor e o choro, estão relacionados com as ligações da pineal ao centro das emoções _ amígdalas e sistema límbico em geral, a sonolência e outros distúrbios do sono resultam da sua influência sobre o sistema reticular, ao passo que a dor pode estar ligada a distúrbios ocasionais da produção de endorfinas.
    Como se vê, o desfile de sintomas pode variar muito. Quando não se tem a certeza de ser ou não mediunidade deve-se procurar em primeiro lugar um médico para afastar a possibilidade de ser uma doença física. Isto é facilitado aos Centros Espíritas porque em geral, quando a pessoa aí vai procurar ajuda, normalmente já esgotou todas as possibilidades de se tratar com a medicina terrestre, tornando mais clara a orientação espiritual a ser seguida.
Muitas vezes, mesmo com o exercício constante da mediunidade os sintomas persistem com altos e baixosdurante algum tempo, mas o médium deve ser presistente. Tal como um violino precisa ser afnado para o violinista tirar dele sons maviosos, o médium só vai conseguir aperfeiçoar-se pelo estudo e pelo dever nobremente desempenhado e pelo cumprimento da sua obrigação primordial: dedicar-se ao Bem ao próximo. Se assim o fizer, verá que gradualmente vai aprendendo a ter paciência e a livrar-se dos sintomas desagráveis, usufruindo dos inegáveis benefícios que proporciona o contato com a Espiritualidade Superior."
   Dra. Marlene Nobre (médica ginecologista, escritora e presidente das Associações Médico-Espíritas do Brasil (AME) e Internacional
(www.geb-portugal.org)


Lembrando: "Aqueles que não fazem o mal, mas também não fazem o bem, são inúteis diante de Deus, que a todos nós impôs deveres a cumprir na Terra e um dia nos pedirá contas do bem que deixamos de fazer". (O Livro dos Espíritos)

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