quinta-feira, 22 de outubro de 2015

UM CASO DE DESDOBRAMENTO: ELIZABETH TAYLOR


  A famosa estrela de cinema Elizabeth Taylor ia interpretar o papel de Cleópatra, no filme mais caro até então, de toda a história do cinema. Ela havia chegado a Londres, em triunfo, milhões de dólares já haviam sido gastos e fabulosos cenários construídos em Londres, representando o Egito e a Roma antiga. Verdadeiras fortunas já tinham sido empatadas em roupagens, perucas e joias. Mas inesperadamente adoeceu e, agravando-se-lhe o estado de saúde, sofreu uma traqueostomia e os médicos já não garantiam a sua cura! Os médicos balançavam a cabeça, pois as esperanças de salvar a famosa estrela estavam perdidas e seu quarto estava coberto de flores.De súbito, um raro momento de lucidez fez com que ela pedisse para ver o imenso jardim apertado entre as paredes brancas.
   Prontamente atendida, Elizabeth Taylor olhou fixamente a primavera engalanada, como quem quisesse partir para o Além com a bela visão floral nas retinas enregeladas pela morte, que se avizinhava. Relembremos as palavras proferidas pela famosa estrela de cinema, logo após esse lance de intensa dramaticidade:
    “ – Fui assaltada por uma curiosa sensação de separação de meu corpo. Uma sensação de irrealidade. Eu sentia que o fim estava próximo, porém ignorava que os médicos não tinham mais esperanças. A sensação que eu sentia era mais nítida e perfeita. Eu não estava na cama e nem tampouco presa em meu corpo. Senti que estava em outro lugar, flutuando e observando os acontecimentos. Depois fui tocada pela realidade. Havia dois ‘eus’: a pessoa na cama que estava morrendo, e a outra pessoa que se sentia um pouco estranha, porém muito bem. Esta segunda pessoa era muito mais eu mesma”!
   O retorno dessa experiência, de abandono do próprio corpo (desdobramento) coincidiu com a melhora seu estado. Depois, disso entrou em convalescência.
    “– Jamais me esquecerei dessa experiência. Será que por um momento eu morri? Será que é assim, quando morremos? Um dia saberei, com certeza”.
    À luz do espiritismo, esse é um fenômeno perfeitamente explicável, ou seja, o desdobramento, produzido por doença grave, uma vez que a estrela se achava sob extrema debilidade orgânica, permitindo a exteriorização do seu espírito e perispírito, afastados do corpo somático, mas ligado a ele pelo cordão fluídico, animado do corpo vital indispensável à continuidade da vida orgânica.
[Elizabeth Taylor desencarnou em 2011, em Los Angeles, aos 79 anos de idade, vítima de insuficiência cardíaca, que ela enfrentava desde 2004.]
Texto de acervo do jornal Correio Fraterno de novembro de 1982
Publicado no jornal Correio Fraterno, edição 447 - setembro/outubro  2012

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