quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A CURA - Síntese de palestra de Trigueirinho

REALIDADE PLANETÁRIA
     Na época atual, milhões de pessoas necessitam de cura. Pode-se dizer que raras são as verdadeiramente sadias neste planeta. A atmosfera física e psíquica da Terra contém muitos elementos anti evolutivos, e está impregnada deles desde tempos remotíssimos. Ao receber as energias construtivas do Sol e do Universo, cria-se nela um atrito, pois essas energias têm vibração elevada e são bem mais puras. A diferença entre os elementos anti evolutivos e essas energias se manifesta como conflitos, que por sua vez se materializam como doenças. Todos os seres que vivem na órbitas são, portanto, suscetíveis a enfermidades. 
     Mas quando buscamos compreender o que é a doença, percebemos que ela é independente de nós. Embora seja parte do planeta em que vivemos, acomete o  nosso corpo físico, mental e o emocional, mas não o nosso Ser Interior, que não é de natureza material. Uma das tarefas da humanidade é diminuir a tendência à doença, que impregna tudo o que é material; e a forma de transcender os níveis de consciência em que as enfermidades se manifestam é enforcam níveis mais elevados, não materiais, que são imunes a elas.
       A atenção da maioria está concentrada apenas no corpo físico e nos próprios sentimentos e idéias. E são esses níveis de consciência que as doenças se instalam. Mas há outros, não infectados, a que podemos ter acesso. O nível intuitivo e o espiritual, por exemplo, ficam além da mente e abrem caminho para a saúde, pois estão em sintonia com energias solares e constituem uma espécie de esfera de proteção não só para os seres humanos, mas também para tudo que o cerca.

UMA TAREFA DA HUMANIDADE
     A humanidade em geral não tem assumido o seu papel na cadeia evolutiva. Em relação ao serviço ao planeta, o reino humano encontra-se aquém dos demais reinos da natureza. Pela beleza das pedras preciosas, percebemos o que o reino mineral tem realizado. Pela perfeição das flores, pela utilidade das plantas e pela doação delas para nutrir os demais reinos, vemos que o reino vegetal alcançou grande desenvolvimento interior. A humanidade, todavia, tem usufruído, depredado, poluído e bem pouco servido o mundo em que se encontra.
    Ainda devemos tomar consciência do que viemos fazer na Terra. Teríamos vindo só para realizar obras materiais ou para nos manter prisioneiros de emoções e pensamentos? Cabe-nos apenas ganhar dinheiro, procriar, construir um bom destino individual ou familiar, porém ignorando a situação precária dos semelhantes? Um joão-de-barro constrói uma casa, um tatu cava uma toca, as formigas criam os formigueiros. E nós, seres humanos, quando construímos "nossa" casa, que acrescentamos a essa ação que os animais praticam? Quando procriamos, em que somos diferentes dos gatos, cachorros e passarinhos que geram suas ninhadas? Será que estamos aqui como os bichos, seguindo apenas a lei natural?
    Os seres humanos só poderão dar outra dimensão e sentido ao que realizam quando se conectam com os níveis elevados da consciência. Sua tarefa prioritária não é construir ou fazer, mas enfocar a mente nesses níveis harmoniosos, onde doenças e limitações não existem, e irradiar a sua vibração para o mental, para o emocional e para o físico, que são vulneráveis. A partir daí podem surgir atitudes e ações corretas e, consequentemente, a saúde. Nenhum outro reino manifestado na superfície da Terra tem, como o humano, a possibilidade de conectar-se de forma consciente com o nível intuitivo e com o espiritual. Se cumprir essa tarefa, o reino humano ocupará seu verdadeiro lugar na cadeia evolutiva terrestre, porque então transmitirá aos reinos sub-humanos o que absorveu nas alturas da consciência, onde eles não podem chegar. Deveríamos colocar-nos nesses planos da forma mais estável possível. 

REEDUCAÇÃO MENTAL
     A focalização da mente no nível intuitivo e no espiritual exige reeducação. Por épocas inteiras fomos habituada considerá-las a só pensar em doenças, a considerá-las nossas opositoras e a nos prevenir contra elas. Aderimos a uma espécie de "propaganda" que sustenta as indústrias de medicamentos e os sistemas de cura paliativos. Isso nos mostra o quanto vivemos centrados em nosso aspecto material e terrestre, na parte externa do ser. Se permanecermos com a atenção voltada só no corpo físico, nas emoções e nos pensamentos, não nos libertamos das enfermidades. 
    O sentido real da vida é reconhecido quando nos tornamos cientes de que temos um núcleo espiritual portador de energias universais e curativas. Como o próprio fato de saber disso nos conecta com esse centro interno de poder, resta-nos retirar a atenção dos níveis doentios e colocá-la nele. Para isso, precisamos fazer uma reprogramação mental. Ao lermos, por exemplo, num anúncio: "Tome tal remédio", deveríamos não nos fixar nos estímulos transmitidos por ele, mas sim elevar a consciência aos níveis em que as doenças não existem. 
     Ao procurarmos contato com o mundo intuitivo e espiritual, onde estão guardadas as idéias divinas que deram origem à Terra e a nós, estaremos a caminho da cura. Poderemos então, usar os tratamentos disponíveis na medicina e na psicologia, mas saberemos que são recursos acessórios e que a cura vem de regiões profundas do nosso ser.

A VONTADE SUPERIOR
    Nosso núcleo espiritual conhece a idéia divina que nos deu origem, e sua vontade é realizá-la plenamente. A vontade humana, contudo, atuante no nível físico, emocional e mental, é na maioria das vezes oposta a ela. Esse distanciamento entre a vontade espiritual é outra causa de desequilíbrio, que nos predispõe às enfermidades naturalmente já presentes no planeta. A vontade humana baseia-se em experiências passadas. Ela se prende ao que é conhecido e agradável, e quer repetir as boas vivências que teve anteriormente, não tem poder para nos levar ao que seria novo em nossa vida. 
    (...) As condições da existência material tornam-se cada vez mais desequilibradas, e isso nos impulsiona ainda mais a procurar o verdadeiro caminho, a realização da vontade espiritual. Temos um trabalho evolutivo a fazer, aguarda-nos um amplo serviço ao próximo e ao planeta que habitamos. Quando a água nos sacia a sede, quando uma planta nos dá oxigênio, beleza, calma, como retribuímos? Quando um animal convive conosco e tudo espera de nós, que resposta lhe damos? E que dizer da nossa indiferença aos irmãos da mesma espécie, que ainda vivem em condições sub-humanas sob a nossa vista? 
     Por onde começar a cura? Não seria por nós mesmos?












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