terça-feira, 13 de maio de 2014

VAMOS REDEFINIR AUTENTICIDADE?



    Que importância grande damos à autenticidade nas relações interpessoais. Grandes valores encontram-se atrás dessa sinceridade, e talvez o maior deles seja poder transparecer quem somos nessas relações.

     Mas um grande problema caminha juntamente com essa franqueza: cruzar certos limites e machucar o outro. Então aquilo que deveria ser feito para construir relações mais saudáveis acaba por incendiá-las ou corroê-las na dor e na mágoa. Mesmo sabendo disso, para algumas pessoas é bastante difícil demonstrar coisas que sejam incongruentes com sua vivência interna, e também não sei se essa é a melhor solução.
    Nossa grande sorte é que falar o que se pensa e falar o que se sente não é a única forma de ser autêntico. Podemos também nos pautar em nosso valores. Se sou – e sou a medida que vou “sendo” – alguém que acredita que nem todos estão preparados para encarar uma crítica de forma construtiva, posso perfeitamente guardá-la para mim, e dessa forma continuar congruente comigo mesma. Outros valores tais quais gentileza, fraternidade, educação, respeito, direito à privacidade, e especialmente o direito alheio de funcionar de uma forma diferente também servem de base àqueles que dentro de sua autenticidade se reservam no direito de permanecer calados.
    Que tal então redefinirmos a autenticidade? Assim ela deixa de ser a transparência das emoções e dos pensamentos, e passa a ser a expressão de nossos valores mais profundos?
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