Ponto importante a aditar ao vídeo postado nesta página hoje (08/04/13), com o título: "Santidade Legítima de Chico Xavier e Hipocrisias Gerais (...)".
Duas figuras diametralmente opostas, espiritual e moralmente. Chico Xavier realizava obras de caridade, material e moral, de todas as formas possíveis a seu alcance, sem nenhuma intenção de se beneficiar pessoalmente. Hugo Chávez, de sua parte, como é do viés de políticos populistas, realizava obras de benfeitoria social, no mesmo passo que reprimia órgãos de imprensa e perseguia intelectuais que lhe eram contrários, para melhor cooptar a opinião pública a seu favor, obviamente com sucesso retumbante nas urnas, o que, metaforicamente, fez-lhe merecer, da Mestra Espiritual Eugênia, a despeito do sufrágio popular, a alcunha de "ditador".
Respeitamos os que discordam dessa nossa visão. Mas pedimos que lembremos que chefes de poderosas redes de narcotráfico costumam ser muito bem quistos e, ironicamente, bem vistos e admirados, em suas comunidades, por alguns deles investirem estrategicamente em obras filantrópicas que lhe ponham o "morro" ao seu lado, contra forças e instituições que trabalham pelo bem comum, e não de segmentos específicos. Há gente sem acesso a recursos elementares beneficiada por líderes do crime organizado? Sem dúvida alguma. Isso, contudo, legitima-os?
Algum bem, claro, Chávez haverá feito à Venezuela, ou não teria sido permitida sua presença no poder, pela Divina Providência, que não comete erros. As questões cármicas, sobremaneira como estímulo evolutivo aos povos, são significativas em torno da presença e atuação de figuras polêmicas como a dele. Mas não acreditamos que a parcela maior dos frutos de seu trabalho tenham sido de benefícios à nação venezuelana e países circunvizinhos, contaminados por alguns tóxicos ideológicos que o nosso irmão menos feliz dispersou.
Lamento ter que retornar a esse assunto. E não espero que os que não pactuam de nosso prisma venham a aderir a ele. Ninguém é totalmente mau ou bom; nossa intenção não é de condenar publicamente o pobre homem incauto das Coisas do Espírito. Contudo, precisamos ponderar com mais cuidado, no âmbito das questões que inspiram paixões que comprometem nossa isenção, quais as atinentes à política, à religião, ao dinheiro e ao sexo, porquanto há algumas visões idealizadas que não parecem “ideológicas”, e são! E muito! Pessoas de bem, muito bem intencionadas, dentro e fora da Venezuela (algumas inclusive inteligentes e informadas - é minha impressão sincera) apoiaram Chávez. Urge nos conhecermos mais profundamente, para verificar que fenômenos psicológicos obscurecem nossas percepções a ponto de nos levarem a interpretar como benemérita e exemplar uma personalidade visivelmente autoritária e "imperialista", por isso mesmo tão hostil, por projeção psicológica, ao "Império Americano".
Mais uma vez, minhas sinceras desculpas por ferir os brios de alguns. Não tenho intenção de fazê-lo, muito menos de me candidatar a qualquer cargo público, o que me tem sido oferecido desde que iniciei a parte maior da Obra do Espírito Eugênia (25 anos completados ontem), com o programa de TV, agora com 19 anos de existência ininterrupta, 17 deles em dimensão nacional. Mas me pareceu devido, de minha parte, assumindo como responsabilidade minha as ideias aqui propaladas, clarear um pouco mais nosso ponto de vista sobre o assunto, para que aqueles que desejem continuar se beneficiando, gratuitamente, em nossos sítios da internet, como este, do Facebook, com as mensagens esclarecedoras e confortadoras da Mestra Espiritual Eugênia, ainda que continuem discordando d’Ela, não tomem por simplistas os pareceres de um Ser sábio do Plano Sublime de Vida, que se deu ao trabalho de interferir em assunto tão melindroso!...
Algo similar e bem mais chocante, para boa parte das classes cultas e esclarecidas do país, aconteceu com Chico Xavier – voltamos, não por acaso, ao nosso modelo ímpar de virtude e retidão de proceder, sentir e pensar. Na série célebre de duas longas entrevistas concedidas ao programa “Pinga Fogo”, da extinta TV Tupi, no raiar dos anos 1970, o cândido médium mineiro apoiou, aberta e explicitamente, o regime militar no Brasil, que, à época, como é histórico, atingia seu ápice de tirania e opressão... Paradoxo típico aos que falam em Nome do Plano Superior, amiúde incompreensíveis a seus contemporâneos e, não raro, por muito, mas muito tempo mesmo longe de serem entendidos. O Brasil não estava maduro, nos dizeres do próprio Chico, para maior liberdade naqueles dias, de modo que a Ditadura Militar protegia a nação de “ventos perigosos” contra a Espiritualidade, oriundos do exterior (cada um interprete tal revelação ao seu modo).
Valeria a pena checar-se diretamente a fala de nosso adorável Chico a respeito de tão polêmica opinião, publicamente emitida, diante de milhões de telespectadores, felizmente registrada para o estudo e reflexão de muito mais milhões (como nós) de uma posteridade em relação àqueles sombrios dias na nossa “Pátria do Cruzeiro”. Passados mais de 40 anos da exposição de nosso amável (mas também sábio) Chico Xavier (naquele dia sob direta condução de seu Guia Espiritual Emmanuel – como revelado por ele mesmo), seu parecer sobre a política brasileira vigente num dos mais condenados períodos da Histórica do país continua soar bizarro, para não dizer escandaloso.
Como tantas vezes disse Nosso Mestre e Senhor Jesus, conforme registro dos Evangelhos Canônicos: “Quem tiver olhos de ver e ouvidos de ouvir que veja, que ouça”. Noutras palavras, quem estiver preparado para compreender, não encontrará dificuldade em assimilar as ideias que Chico expendeu, em consórcio mental com seu Mestre Espiritual Emmanuel. Que Nosso Senhor Jesus nos ilumine a todos
Irmão em Espírito e canal em processo de melhoria, sob mercê dos Emissários do Alto, Benjamin Teixeira de Aguiar. Retirado do Facebook Salto Quântico
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