sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A CIÊNCIA E AS SESSÕES ESPÍRITAS

     
O filme/documentário destaca claramente a grande influência que os fenômenos espirituais do século XIX exerceram especialmente nos EUA e Europa, desde a espetacular febre das "Mesas Girantes", até as pesquisas mais sérias, envolvendo os  nomes mais ilustres da ciência daquele tempo, como William Crookes, Oliver Lodge, Marconi, Thomas Edson, etc. Diz também que foram essas manifestações do chamado "Moderno Espiritualismo" que motivaram aqueles grandes cientistas nas mais revolucionárias descobertas e invenções, sobretudo acerca das telecomunicações; justamente da busca de mecanizar o contato com os "mortos" foi que acabou surgindo as tecnologias das quais foram a humanidade herdou o rádio, o telefone, a televisão e tudo quanto se pensar em transmissão audiovisual e dados, como hoje se dá pela internet. Esse é o ponto forte do documentário, que ainda traz cenas inéditas do respeitado Sir Arthur Conan Doyle, citado como o grande propagador do Espiritismo.
    Contudo, é preciso dizer que a versão do Espiritismo apresentada pelo filme é um tanto errônea, a partir de quando a iguala com o movimento espiritualista moderno, generalizado, ignorando que o Espiritismo, como a Doutrina Espírita kardecista, é um capítulo em separado daquelas manifestações. Nesta produção da BBC, o Espiritismo apresentado diz respeito a uma corrente neoespiritualista inglesa fundada a partir dos princípios formulados através da escritora espiritualista Emma Hardinge Britten, nascida na Inglaterra e radicada nos EUA. Allan Kardec e o seu trabalho não são citados, o que compromete a legítima interpretação, especialmente para os leigos, que desconhecem a História daqueles fenômenos e o desenvolvimento da Codificação Espírita.
    Ainda assim, é uma peça de inestimável valor, pelo que traz de concreto acerca da fenomenologia e repercussão da mediunidade daquele século, cujos resultado práticos são vivenciados por todos nós hoje, através das invenções científicas. O filme é um convite aos historiadores, no sentido de que eles revejam como têm relatado o século XIX, ignorando aquela invasão espiritual.

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