quinta-feira, 13 de junho de 2013


 A fé é um alimento espiritual de que ninguém pode prescindir. Encontra-se esculpida nos recessos do espírito, e mesmo quando solapada pelos interesses mesquinhos ou esmagada pelas circunstâncias inditosas, prossegue e revela-se com mil faces, em variadas expressões. Apresenta-se espontânea, natural, graças aos impositivos da própria vida. Inconscientemente se manifesta na tácita aceitação dos múltiplos fatores que organizam a existência humana, tanto quanto surge nas atividades, sem que o homem lhe perceba a injunção, sem a qual, suspeitoso e inconformado, se estiolaria, padecendo dominadores e injustificados receios.
        A fé humana está presente em todos cometimentos da própria conjuntura física. A fé divina, no entanto, em considerando as frágeis expressões em que as organizações religiosas a têm apresentado, surge e esmaece no espírito, conforme as disposições que o dominam no dia-a-dia da romagem carnal na busca do destino, da vida imperecível. A fé religiosa somente sobrevive se calcada na razão e na envergadura superior dos fatos que lhe servem de base.
        Conquista intelectual se robustece, mediante exercício e análise, estudo e observação, com que se fixa, produzindo os milagres da transformação íntima da criatura que se encoraja à abnegação e mesmo ao sacrifício, ao holocausto. É elemento vitalizador dos ideais de enobrecimento e sustentáculo da caridade.
    Transitam em muitas direções aqueles que iniciam as abençoadas experiências evolutivas e, destituídos da experiência da fé, se apresentam céticos e frios. Não tiveram tempo de vivê-la ou de comprová-la. Outrossim, alguns que se aninharam em muitas escolas religiosas do passado, formando nelas os conceitos espirituais, ao defrontarem a realidade do além-túmulo, decepcionaram-se por não encontrar as glórias de mentira que anelavam, tornando-se, lamentavelmente, descrentes desde então.
     Conquista que requer zelo e esforço, a fé, além de ser virtude preciosa, também se reveste do valor racional, sem o que não suporta as vicissitudes, nem os sofrimentos.
         Disse Jesus a Jairo, o chefe da Sinagoga que lhe rogava socorro para a filha considerada morta: "Não temas, crê somente", e chegando à casa da enferma despertou-a para a saúde e a vida.
        Busca Jesus nos momentos difíceis quando bruxuleiem os fulgores da tua fé e reveste-te da necessária humildade, a fim de submeter-te aos impositivos da evolução embora o tributo de aflição e lágrima que seja necessário oferecer.
        Não duvides, porém, do auxílio divino, em todos os dias da tua vida. A fé é uma necessidade imprescindível para a felicidade, fator essencial para as conquistas íntimas nos rumos da evolução.
(Divaldo Pereira Franco por Joanna de Ângelis. In: Rumos Libertadores) 
(texto recebido de Cristiano de Almeida) - Retirado do site http://www.espiritbook.com.br

0 comentários: