Este mantra é um dos mais conhecidos no hinduismo e fácil de pronunciar. É uma invocação a Ganapati (outro nome de Ganesha)
e serve para remover os obstáculos, tanto materiais como espirituais.
Este mantra atua muito rápido, vale a pena experimentar. Aqui vai um
texto copiado de um livro para você ver um exemplo deste mantra em ação:
O experimento
"Em 1980, ocorreram muitas mudanças na minha vida. Durante oito anos, eu havia sido ministro-residente de um centro espiritual filiado a uma organização espiritual da Índia, mas sediada em Washington, D.C.
Eu gostava de ser útil e minhas responsabilidades em geral eram agradáveis. Entretanto, a forma como o líder indiano estava conduzindo a organização passou a me incomodar cada vez mais, por apresentar um comportamento inadequado em questões referentes a sexo, dinheiro e poder. Eu vacilava entre permanecer ou abandonar a organização e essa preocupação me deixava nervoso.
Um dia, numa de minhas habituais sessões de duas horas de meditação, eu vi um relógio que marcava um quarto para as doze horas. Aquela visão mostrava-me que às doze horas, a relação pela qual eu vinha esperando desde muito tempo atrás chegaria. Resolvi esperar um pouco mais antes de tomar a decisão de deixar o centro. Na realidade, aqueles quinze minutos acabaram sendo mais de seis meses. Depois de seis meses, uma mulher chamada Margalo chegou à organização. Em duas semanas, deixei o centro para ir morar com ela. Um ano depois, já casados, decidimos juntos abandonar totalmente a organização. Quando me envolvi com a organização, eu trabalhava como produtor de televisão. Logo depois de entrar para ela, passei a lecionar radiofusão, por tempo integral, na George Washington University. Em 1980, entretanto, vencido o prazo do meu contrato temporário e, recém-casado, eu refletia sobre minhas opções profissionais. Margalo sugeriu que deixássemos Washington, D.C., e fôssemos morar em sua antiga casa no sul da Califórnia. Eu não vi nenhum motivo para recusar. Uma vez lá, eu sabia que teria de iniciar uma nova carreira. Mas, apesar de todos os meus esforços para encontrar um trabalho em Los Angeles, a capital da mídia do mundo ocidental, as portas da televisão mantiveram-se fechadas e eu fui obrigado a aceitar trabalhos esporádicos. Eu lutava para encontrar algum tipo de equilíbrio entre minha procura desestimulante de uma nova profissão e minha nova vida feliz com minha mulher.
"Em 1980, ocorreram muitas mudanças na minha vida. Durante oito anos, eu havia sido ministro-residente de um centro espiritual filiado a uma organização espiritual da Índia, mas sediada em Washington, D.C.
Eu gostava de ser útil e minhas responsabilidades em geral eram agradáveis. Entretanto, a forma como o líder indiano estava conduzindo a organização passou a me incomodar cada vez mais, por apresentar um comportamento inadequado em questões referentes a sexo, dinheiro e poder. Eu vacilava entre permanecer ou abandonar a organização e essa preocupação me deixava nervoso.
Um dia, numa de minhas habituais sessões de duas horas de meditação, eu vi um relógio que marcava um quarto para as doze horas. Aquela visão mostrava-me que às doze horas, a relação pela qual eu vinha esperando desde muito tempo atrás chegaria. Resolvi esperar um pouco mais antes de tomar a decisão de deixar o centro. Na realidade, aqueles quinze minutos acabaram sendo mais de seis meses. Depois de seis meses, uma mulher chamada Margalo chegou à organização. Em duas semanas, deixei o centro para ir morar com ela. Um ano depois, já casados, decidimos juntos abandonar totalmente a organização. Quando me envolvi com a organização, eu trabalhava como produtor de televisão. Logo depois de entrar para ela, passei a lecionar radiofusão, por tempo integral, na George Washington University. Em 1980, entretanto, vencido o prazo do meu contrato temporário e, recém-casado, eu refletia sobre minhas opções profissionais. Margalo sugeriu que deixássemos Washington, D.C., e fôssemos morar em sua antiga casa no sul da Califórnia. Eu não vi nenhum motivo para recusar. Uma vez lá, eu sabia que teria de iniciar uma nova carreira. Mas, apesar de todos os meus esforços para encontrar um trabalho em Los Angeles, a capital da mídia do mundo ocidental, as portas da televisão mantiveram-se fechadas e eu fui obrigado a aceitar trabalhos esporádicos. Eu lutava para encontrar algum tipo de equilíbrio entre minha procura desestimulante de uma nova profissão e minha nova vida feliz com minha mulher.
Durante
meus anos de sacerdócio, eu havia usado mantrans quase exclusivamente
durante as sessões de meditação para aumentar a concentração e
estimular a introvisão espiritual. Para qualquer problema secular, eu
recorria às orações que havia aprendido em minha formação
judaico-cristã nas igrejas Presbiteriana e Metodista. A prática de
mantras não requer o abandono da organização religiosa a quel
pertencemos, nem das nossas raízes ou de outras práticas espirituais.
Embora continue me considerando cristão, eu já estudei muitas tradições
religiosas e, com o passar dos anos, fui acrescentando novas práticas
religiosas de origens hinduísta e budista a meus hábitos diários, para
compor uma espiritualidade pessoal voltada para a compaixão e o serviço.
O mantra é uma prática espiritual complementar incrivelmente eficaz,
que pode enriquecer a sua vida.
No
meu caso, os resultados obtidos por meio de orações eram esporádicos,
mas eu os havia aceito. Naquele período profissionalmente difícil de
minha vida, entretanto, decidi aplicar um mantra à minha situação para
ver se me ajudava. Escolhi um mantra que me pareceu apropriado para as
minhas dificuldades no plano material e decidi dedicar-me a ele por
quarenta dias. Escolhi uma prática de quarenta dias porque quarenta é
um número recorrente na literatura religiosa. Jesus andou no deserto
por quarenta dias. Noé flutuou sobre as águas por quarenta dias. Moisés
errou pelo deserto por quarenta anos. Com Buda foi um pouco diferente,
pois permaneceu sentado sob a Árvore Bodhi por 43 dias até alcançar a
iluminação. No hinduísmo védico, quarenta dias é o período estipulado
para a prática concentrada de um mantra. No catolicismo romano, a
novena, uma disciplina diária de oração utilizada pelos fiéis em busca
de solução para seus problemas, é, às vezes, praticada durante cinco,
quarenta e 54 dias, embora tradicionalmente seja uma prática de nove
dias.
Eu
achei que precisava de uma quantidade considerável de tempo para que a
prática do meu mantra atuasse sobre quaisquer que fossem as forças que
estavam me impedindo de encontrar trabalho. A intenção que criei na
minha mente era de encontrar um emprego estável no qual eu pudesse dar
uma contribuição aos outros e me rendesse um salário para viver. Como
muitos mantras para a solução de problemas são genéricos por natureza, o
mantra que escolhi foi para a remoção de obstáculos:
Om Gam Ganapataye Namaha
“Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gam é o som seminal.” Entre
as seitas védicas e hinduístas, este mantra é universalmente
reconhecido como extremamente eficaz para a remoção de todos os tipos de
obstáculo. Como eu não sabia o que estava me impedindo de encontrar um
emprego fixo e remunerado, meu objetivo era remover qualquer
obstáculo, interno ou externo, espiritual ou físico, que estivesse no
meu caminho.
Nos
quarenta dias seguintes, repeti o mantra o máximo de vezes possível,
algumas vezes em silêncio, outras em voz alta. Enquanto realizava
tarefas domésticas, eu repetia o mantra. Dirigindo, eu ia entoando o
mantra no carro. Enquanto comia ou preparava a comida, eu o repetia.
Enquanto adormecia, continuava repetindo o mantra pelo máximo de tempo
possível. Ao despertar, começava imediatamente a recitá-lo. Se estava
com outras pessoas, recitava-o em silêncio. Se estava sozinho,
entoava-o em voz moderadamente alta. Tornei-me uma máquina de entoar o
mantra Om Gam Ganapataye Namaha.
Eu
gostava da sensação que o mantra me proporcionava. Seu ritmo
instalou-se rapidamente em minha consciência e, depois de duas semanas,
constatei que o mantra se iniciava sozinho quando eu estava ocupado com
alguma outra coisa. Quando acordava no meio da noite, podia ouvi-lo
ressoando fracamente em algum compartimento nas profundezas da minha
mente. Ele se integrara ao meu corpo e à minha mente como um alimento
espiritual.
Depois
de três semanas trabalhando com o mantra, fui convidado para realizar
uma cerimônia védica para um grupo em Santa Ana. A cerimônia durou
cerca de uma hora e, quando acabou, circulei entre os convidados para
conversar e comer petiscos. Com um pequeno grupo, a conversa acabou
indo parar na pergunta “E o que você faz para viver?” Expliquei, um
pouco constrangido, que tinha vindo recentemente para a Costa Oeste e
que ainda não havia me fixado em nada.
O
bate-papo continuou e depois de um tempo uma mulher do grupo disse que
sua empresa estava procurando alguém para trabalhar num projeto de
marketing pelos próximos três meses. Perguntei o que a empresa fazia e
ela respondeu que um serviço de assistência médica que se ocupava de
medicina familiar, medicina ocupacional e atendimento de emergência. Eu
não tinha nada a ver com a área de saúde e disse isso a ela. Sem
se importar com isso, a mulher insistiu para que eu lhe telefonasse
para marcar uma hora na semana seguinte. Concordei, mais por educação e
com a consciência de que devia explorar as possibilidades – mas sem
nenhuma esperança real de que aquilo resultaria num emprego para mim.
Quando
cheguei à empresa, fui recebido pelo chefe da mulher que eu havia
conhecido, Rick, que me entrevistou por cerca de dez minutos. Eu achei
que estava descartado, uma vez que mostrara não entender nada daquele
ramo, mas para grande surpresa minha, ele finalizou sua breve
entrevista com: “Eu acho que você vai se dar bem. Mas preciso que os
médicos aprovem. Por favor, espere aqui.”
Os
médicos me aprovaram e, dentro de alguns minutos, eu já havia
preenchido alguns formulários e me tornado um representante de marketing
da clínica deles, para realizar trabalho de campo com base num
contrato provisório de três meses. O salário era modesto, mas era
melhor do que trabalhar esporadicamente ou aguardar o telefone tocar,
de maneira que fiquei agradecido. Durante todo o tempo, eu continuei
recitando o mantra em silêncio. Depois
de vários dias dando telefonemas de negócios, eu aprendi o suficiente
para perceber que o material de marketing de que dispunha para
sustentar meus telefonemas era péssimo. Eu não conseguia tirar isso da
cabeça e comecei a me sentir cada vez mais estúpido toda vez que fazia
uma chamada. Finalmente, percebi que eu tinha de fazer algo.
Nessa
altura, eu estava no trigésimo dia de prática do meu mantra. Nessa
noite, refiz todo o material, resumindo-o em três desenhos e usando as
cores do prédio e o familiar caduceu, símbolo da medicina. Quando
cheguei ao escritório na manhã seguinte, procurei o médico a quem
relatei e expus rapidamente o que tinha em mente. Ele parou de repente,
fitou-me e disse para encontrá-lo na sala de reunião dentro de uma
hora. Quando entrei na sala de reunião, lá estava Rick, junto com a
mulher que havia sugerido que me candidatasse ao emprego, o médico que
havia me entrevistado e dois outros médicos que eram sócios da empresa.
Inseguro, percebi que teria de fazer uma apresentação. O médico que
havia convocado a reunião disse, “Mostre-nos o que você fez”.
Depois
de dez minutos de apresentação improvisada, os médicos me pediram para
deixar a sala por alguns minutos. Nervoso, aquiesci. Quando fui
chamado de volta, meu chefe disse, “Parabéns, você é nosso novo diretor
de marketing. Mande imprimir alguns cartões e também esse material que
você desenhou o mais rapidamente possível”. Eu estava em estado de
choque, mas continuava interiormente repetindo o mantra Om Gam Ganapataye Namaha. Concluí
meus quarenta dias de prática do mantra sem nenhum outro incidente.
Dentro de trinta dias, eu estava envolvido num projeto de marketing com
a participação de um hospital local. A enfermeira que era diretora de
marketing do hospital era amistosa e tecnicamente muito competente.
Trabalhamos bem juntos. Quando estava quase no final do projeto, ela me
perguntou se eu não me importaria em dizer quanto eles me pagavam. Não
me importei e disse a verdade. Ela franziu o cenho e disse, “Eles
estão lhe pagando uma bagatela”.
Quando
o projeto em conjunto foi concluído, meu chefe nos parabenizou a ambos
pelo ótimo trabalho. Depois de apertar a mão dele, a enfermeira
apontou na minha direção e disse, “Você sabe que esse cara é muitíssimo
mal pago. É melhor você tomar alguma providência antes que alguém lhe
faça uma proposta e ele vá embora”. Fiquei espantado, mas meu chefe
respondeu como o bom profissional que era. Deu uma risadinha e disse:
“Não se preocupe, cuidaremos bem dele”. Em trinta dias, tive um aumento
de 40%. Isso
foi no início de 1983. Trabalhei nessa empresa durante quase sete
anos. Tive inúmeros aumentos e sentia que meu trabalho era valorizado.
Finalmente, eu saí quando meu supervisor decidiu abrir seu próprio
negócio e fez-me uma proposta para ir com ele. Eu
atribuí o meu êxito na procura de emprego ao mantra que pratiquei. Sua
eficácia causou uma profunda impressão em mim e comecei a dar um novo
valor ao poder das fórmulas espirituais para a solução de problemas
cotidianos. Comecei a recomendar o uso de mantras a outras pessoas com
problemas e funcionou surpreendentemente bem.
Indiquei
esse mesmo mantra a um amigo meu de Washington, que havia acabado de
deixar sua carreira no exército. Ele havia estudado gemologia e estava a
fim de encontrar um trabalho nessa área. Entretanto, depois de meses
de procura em muitas cidades, ele não conseguira encontrar o emprego
que queria. Recomendei a ele que começasse a repetir o mantra Om Gam Ganapataye Namaha
o máximo de vezes possível durante dez dias. No décimo primeiro dia,
realizei uma cerimônia de limpeza energética para ele. Dentro de três
dias, ele recebeu várias propostas de emprego e começou bem sua nova
carreira.
Thomas Ashley Farrand em “Mantras que Curam”
http://caminhodomeio.wordpress.com/
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