sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O PEQUENO BUDA

    Um dia, ao voltar para casa, o arquitecto Dean Conrad (Chris Isaak) encontra dois monges budistas tibetanos, Lama Norbu (Ruocheng Ying) e Kenpo Tensin (Sogyal Rinpoche), sentados na sua sala de estar, conversando com Lisa (Bridget Fonda), a sua esposa.
   Guiados por vários sonhos perturbadores, os monges viajaram do Nepal até Seattle pois acreditam que uma criança de 10 anos, Jesse (Alex Wiesendanger), o filho de Dean, possa ser a reencarnação de Lama Dorje (Geshe Tsultim Gyelsen), um lendário e místico budista. Inicialmente Dean e Lisa estão céticos, especialmente quando os monges manifestam interesse em levar Jesse para o Butão, na intenção de comprovar ou não se ele é a reencarnação de Lama Dorje.
   Porém após o suicídio de Even, um sócio de Dean, este muda de ideia. Após deixar Lisa nos Estados Unidos, Dean viaja com o filho para o Butão.

   É raro assistir a um filme em que você se sinta envolvido pela história mas também o deixe com um sentimento positivo ao final. "O Pequeno Buda" é um filme agradável, com uma bela fotografia, um roteiro muito bem escrito, e possuiu uma belíssima trilha sonora. Foi dirigido e escrito por Bernardo Bertolucci, ganhador do Oscar de melhor diretor por outro grande filme, "O Último Imperador". Ele entretêm ao mesmo tempo em que apresenta a vida de um dos grandes enviados por Jesus ao nosso planeta para exposição de suas verdades libertadoras.    
   O filme começa em Butão, um país situado na Cordilheira do Himalaia, onde um certo Lama budista começa a perceber sinais de que seu venerando professor, que havia falecido alguns anos antes, poderia estar reencarnado. Ele parte em busca dos três candidatos, sendo que um deles é um menino de Seattle, nos Estados Unidos. O filme propõe também este paralelo entre as duas culturas - ocidental e oriental - discutindo o ceticismo presente em nosso cotidiano, pela forma na qual se vive "modernamente".  Esta narrativa principal é intercalada por outra história, a vida do Príncipe Sidarta, que vai sendo contada aos poucos pelo Lama ao menino americano. A história é contada de forma simples, em linguagem ao alcance de uma criança, e talvez por isso tenha um atrativo maior, emocionando pela beleza singela das cenas da vida do "Iluminado". A transformação de Sidarta em Buda, sob uma grande árvore, contém simbolismos que poderiam, por exemplo, ser analisados à luz do espiritismo sem prejuízo algum.
    A compaixão de Sidarta pelo sofrimento alheio, causa que move sua busca pela Verdade, é uma das grandes forças apresentadas pelo filme. Os ideais transcendentes apresentados são o principal destaque para o espectador atento. Vê-se que o intento de superar as impermanências da vida é tão antigo quanto culturalmente abrangente, considerando que a meta a que todos almejamos é a conquista dos valores eternos e essenciais.
Marcelo J. de Sousa

FILME COMPLETO: http://www.youtube.com/watch?v=JTViW9IN64k


1 comentários:

Carol Araújo disse...

Ótimo filme com ensinamentos excelentes sobre reencarnação, e ainda tem o LINDO do Keanu Reeves...