domingo, 19 de junho de 2011

TER UMA CRENÇA RELIGIOSA INFLUENCIA NA SAÚDE?

Em 1947, a Organização Mundial da Saúde definiu – um avanço para a época – que “a saúde não é apenas a ausência de doença, mas o estado mais completo de bem-estar físico, psíquico e social”. Desde então o conceito evoluiu muito, pois novas dimensões do homem têm sido consideradas e que muito afetam o seu bem-estar.
Um importante aspecto do homem integral, a espiritualidade, tem sido negligenciado pela nossa cultura orientada pelo reducionismo materialista. Entretanto, cientistas de vários ramos da ciência, como antropólogos, médicos, biólogos, filósofos, físicos etc. têm demonstrado que a religiosidade e, consequentemente, a espiritualidade é intrínseca ao homem. Alguns estudos chegaram ao ponto de levantar a hipótese de que nossa configuração cerebral, determinada por nossos genes, compeliu o homem à crença em Deus e na alma. E que esta função teria grande importância evolucionária, pois foi a partir dela que o homem tornou-se gregário e veio a desenvolver a fala. Em outras palavras, foi a religiosidade inata que nos fez tal como somos.
Conquanto haja tais constatações, cientistas agnósticos e ateus insistem em atribuir tais características ao acaso, esse extraordinário Acaso que teceu o fio condutor da evolução das espécies até o homem, e determinou leis perfeitas que sustentam o Universo. Talvez Acaso seja o novo nome de Deus.
Grandes centros acadêmicos de pesquisa em todo o mundo, incluindo Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e até mesmo o Brasil têm realizado estudos e pesquisas sobre saúde e espiritualidade. Dentro do mais acurado rigor científico pesquisam como a oração, a fé, a religião, isto é, a espiritualidade, desempenha importante papel na manutenção da saúde e do bem-estar, assim como na recuperação mais célere das enfermidades. No Brasil, os estudos têm sido realizados em várias Universidades, principalmente nas públicas, como USP, UNIFESP, UNICAMP, UNESP, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do R. G. do Sul e Universidade de Brasília.
Nos Estados Unidos, destaca-se o Duke’s Center para estudos da Religião e da Espiritualidade, da renomada Universidade de Duke. Merece citação os trabalhos de pesquisa liderados pelo seu diretor, o médico Harold Koenig, Ph. D, e que é autor do livro já traduzido para o vernáculo, “Manual de Religião e Saúde”.
Os trabalhos de Harold Koenig têm demonstrado inequivocamente que “os praticantes ativos de uma crença podem obter benefícios físicos e mentais, entre eles, um sistema imunológico mais resistente e menor propensão a determinadas doenças, bem como melhor capacidade de recuperação de enfermidades”.
O médico Fernando Lucchesse, doutor em cardiologia e professor dos cursos de mestrado e doutorado da Universidade Federal do R. G. do Sul, define saúde de uma forma muito mais completa: diz que é o bem-estar físico, psíquico, familiar, financeiro, profissional, ambiental e espiritual. Refere que 70% das mortes ocorrem em decorrência de três epidemias que vivenciamos na atualidade: aterosclerose, depressão e neuroses, que por sua vez têm decisivo impacto nas causas de infarto, acidentes vasculares cerebrais e câncer.
O Dr. Lucchesse afirma que a alma doente adoece o corpo e que, em especial, o “trio maléfico” composto pela raiva, inveja e vaidade são os maiores vilões. Diríamos nós que este trio está presente em todos aqueles que inconsciente ou conscientemente praticam o egoísmo, tido pelo Espiritismo, juntamente com o orgulho, como razão principal para a infelicidade humana.
Se viver é a arte do encontro, o mais importante encontro é conosco mesmo, com a nossa realidade essencial. E a espiritualidade faz parte desta realidade, conquanto preterida e ignorada pela insana adesão aos falsos valores do ter a todo custo, do consumismo compulsivo e da comparação com os outros (inveja).
O despertar da espiritualidade e o seu cultivo far-nos-á reconciliados, serenos, mais saudáveis e, sobretudo, mais felizes com o que temos e com o que somos. Não é o que as religiões dizem, mas o que a ciência está a reconhecer e recomendar. “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” Jesus - Mateus 6, 33.
Luiz Antônio de Paiva é médico psiquiatra e vice-presidente da Associação Médico-Espírita de Goiás (retirado do site www.rcespiritismo.com.br)


     Religião, Espiritualidade, Religiosidade… são tudo a mesma coisa, certo ? Ahmmm, NÃO ! Não são. Algumas definições:  
     * ESPIRITUALIDADE: Compreende elementos não mensuráveis, relacionados ao senso de realidade, significado transcendental, seu lugar e propósito no universo. Todos possuem, mesmo que seja nomeada ou definida de forma diferente. 
     * RELIGIÃO: Expressão particular de crenças espirituais que envolvem códigos de ética, doutrinas, dogmas, metáforas e mitos. É uma maneira de perceber o mundo. 
      * RELIGIOSIDADE: Nível de envolvimento em uma prática religiosa.
 
      Pensemos a espiritualidade como um destino. A religião seria uma das estradas para este destino. Já a religiosidade seria a intensidade e o grau de compromisso que uma pessoa tem de assumir para  utilizar a mesma estrada rumo ao destino (RABOW, 2008).
http://fabiopsi.blogspot.com/2010/09/saude-religiao-e-espiritualidade.html

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