domingo, 14 de junho de 2009

_ Arnach disse que os homens acreditam amar aos seus semelhantes, mas, na verdade, amam ao seu ego. Na grande maioria, os cristãos, espiritualistas, espíritas, ou seja lá quem for, fazem a caridade somente para serem reconhecidos e admirados por seus “nobres gestos” que demonstram a sua “elevação espiritual”. Quando são convidados a praticar a caridade invisível aos olhos da sociedade, negam-se! Os seres humanos são extremamente egocêntricos, pensam somente em si próprios e nos benefícios que todas as suas ações possam lhes trazer. Talvez ele tenha razão; eu não possuo vocação para o Bem!

_ Mas o amor nasce exatamente desta forma, portanto, estás no caminho certo. Os primeiros bruxuleios do amor nascem através do egocentrismo. E, à medida que o espírito cresce em direção a essa divina virtude, ele descobre que o amor é muito maior que os pequenos interesses egoístas, transformando-nos em cidadãos universais. A partir desse momento, estamos libertos de interesses individualistas e preconceitos, e passamos a viver com o objetivo único de auxiliar a grande família universal a evoluir para que a obra do Pai floresça em todas as latitudes do Universo.

_ Então minha situação não é tão ruim assim?! Quem sabe Deus não me dá mais paciência para vencer meus dramas íntimos?

_Paciência não se ganha, se conquista! O que o Pai pode fazer por ti (e o faz!) é colocar em teu caminho obstáculos, que são instrumentos divinos para o exercício da paciência. Se recebêssemos toda a sabedoria e virtudes sem fazermos a nossa parte, a criação de Deus seria falha, e isso é impossível! O Pai apresenta-nos situações em que devemos exercitar as virtudes divinas e assim adquiri-las para a nossa evolução. Jamais devemos maldizer nossos destinos, porque neles mora o presente divino que nos abre as portas para a verdadeira felicidade. O mais infeliz dos homens deve bendizer a sua cruz, porque atrás dela, invisível à compreensão humana, encontra-se a remissão de nossos erros e fraquezas de espírito. Os homens materialistas reclamam, diariamente, de seus infortúnios, ao invés de aprenderem com eles! Este é um grande desperdício de oportunidades para a nossa mais breve “angelização”. Os sábios e santos já aprenderam que as lamentações em nada nos ajudam, apenas enfraquecem o nosso corpo e espírito!
(Sob o signo de aquário _ Roger Bottini Paranhos)

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