quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sobre o amor...

“_ Muitas vezes o orgulho nos impede de seguirmos o nosso coração, temos vontade de tomar certas atitudes, mas o orgulho nos impede, chamando-nos de tolos e de covardes. Mas é preciso muita coragem para deixar de lado a altivez daninha e enfrentarmos a nós mesmos, porque o orgulho, sozinho, ocupa grande parte da nossa personalidade. Damos muitas desculpas em nome do orgulho e sentimos orgulho ao procedermos assim. Na verdade, isso é falta de amor. No dia em que realmente aprendermos o real significado do amor, estaremos prontos para nos libertar do orgulho e tantos outros sentimentos difíceis.
_ Talvez precisemos ainda aprender a amar, só conhecemos o amor egoísta, que tudo pede e nada dá em troca.
_ O amor é um só. Nós é que não entendemos muito bem o que é amar e costumamos ter uma visão distorcida do amor. Só conseguimos ver o amor desse jeito porque temos uma percepção muito limitada da vida. Por tudo isso é que costumamos dividir o amor: amor aos pais, aos filhos, aos amigos... Mas não há formas diferentes de amar. Essa é a forma como vivenciamos as coisas, talvez porque precisemos experienciar vários momentos da vida para conseguir entender essa coisa única que é o amor. O amor não se divide, ele é um só, embora se manifeste sob varias formas, e, aí sim, vem essa classificação: amor de mãe, de filho, de amigo, etc. Mas tudo é a revelação de uma mesma verdade, que é única.
Talvez seja para isso que estejamos aqui, para aprender a amar. Desde as formas mais rudimentares de amor até as mais sublimes, vamos aprendendo a conquistar esse sentimento. Devemos respeitar e compreender aqueles que aparentemente não conseguem amar, porque lá no fundo, o amor esta presente. Ainda que seja apenas pelo seu cachorro, pela arvore do quintal ou até por si mesmo. Dessa pequenina semente é que se vai desenvolvendo o amor. Todo ser humano é capaz de amar, mesmo o mais empedernido. O amor é o sentimento natural do ser humano e é em direção a ele que todos estamos caminhando. Pode até ser que nos tenhamos distanciado dele em algum momento de nossas vidas, mas isso é porque fomos criados ignorantes e tivemos que aprender sozinhos e os prazeres transitórios do mundo costumam ser bem mais atraentes. Aos poucos porém, depois de alguns tropeços, várias tentativas, erros e acertos, vamos aprendendo e integrando dentro de nós as várias facetas do amor.
Primeiro só aprendemos a amar a nós mesmos. Depois começamos a vislumbrar o outro e passamos ao amor apaixonado. Depois, temos filhos e compreendemos o que é amor materno/paterno. No meio de tudo isso, sentimos amor pelas plantas, pelos animais e até pelo trabalho. Não importa. É vivenciando todas essas experiências que vamos levando para nossas essências esses pedacinhos do que é o amor, para podermos integrá-lo em uma coisa única e maior. Até chegar o dia em que compreenderemos o que é o Amor Universal, que é o amor sem apegos, sem preconceitos, sem preferências ou ciúme. Quando tivermos que fechar o ciclo de nossas existências carnais, já teremos aprendido tudo isso e estaremos então, aptos a vivenciar em nós a integralidade desse sentimento”.
Livro: Só por amor _Mônica de Castro

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