segunda-feira, 23 de novembro de 2009

TEMPLO INTERNO de LUXOR - TEMPLO da ASCENÇÃO

No mundo espiritual, este santuário é assinalado como última etapa de todas as pessoas que se encontram no final de sua peregrinação terrena. Aqui, cada discípulo é recebido em um salão de espera, isolado dos outros salões e das celas. A mobília destas é muito simplesm constitui-se de um colcão de palha, uma pequena mesa e uma jarra contendo água, uma cadeira e um pequeno tapete semelhante aos usados no Oriente pelos devotos quando praticam suas orações ou meditações. Estas celas não contêm quadros nem estampas. No alto da parede existe uma pequena janela, bastante alta para que se o discípulo quiser olhar através dela, terá que subir na cadeira.
Nesta pequena cela, o candito à Ascensão é obrigado a uma rigorosa
introspecção. Aqui, ele não encontra pontos de referência, nem um pensamento de estímulo, NADA além de seu próprio mestre espiritual que vive nas profundezas de seu coração! Após alguns instantes, o candidato é convidado a apresentar-se perante o hierofante Serapis Bey, este nome representa há séculos a síntese da disciplina para a humanidade.
O discípulo caminha até a biblioteca, cujas portas estão abertas e então vê Serapis Bey sentado sobre uma cadeira de espaldar artisticamente esculpido. Seu semblante é sério, justo e imparcial, mas ao mesmo tempo, benévolo. Os olhos prescrutadores de Serapis caem sobre o discípulo que vê seus sentimentos e pensamentos ocultos projetados como que materializados no meio do salão. Finalmente tudo está descoberto e o discípulo sente-se nu em sua natureza humana e, angustiado, espera para ser dispensado... mas então o Grande Mestre sorri. Momentaneamente desaparecem todas as criações humanas e bem no fundo de seu íntimo ele promete que estes carmas negativos deverão ser dissolvidos e transmutados para nunca mais virem à superfície. O Bem Amado Serapis Bey oferece a oportunidade ao desdobramento da natureza espiritual e que em Seu Templo não há disciplinas, mas somente através de sua própria "Chama de Vida" é que cada discípulo em separado deverá instruir-se.
No Templo existem grandes bibliotecas de obras valiosas, porém não há, entre esses livros, algum que ofereça uma disciplina fácil. Cada candidato é deixado ao critério exclusivo da inspiração intuitiva de seu próprio coração. O artístico tesouro de conhecimento é incomensurável, mas ninguém insinua ao discípulo para os examinar. Serapis deixa ao critério do discípulo a organização de estudo e ao mesmo tempo o desobriga de fazê-lo, após um certo tempo ele recebe um convite para se apresentar ao Mestre e, se houver um mínimo de progresso, ele é convidado a continuar os estudos.

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